As exportações de lácteos da Argentina cairam em 2023

02, outubro, 2023
As exportações de lácteos da Argentina cairam em 2023

As exportações de lácteos da Argentina no período de janeiro-julho de 2023 caíram 17,5%, 18,0% e 25,9% em volume de produtos, em quantidade total em dólares e litros de leite equivalente, respectivamente e na comparação com o ano de 2022.

Com relação aos dados de exportação de lácteos até agosto de 2023, a publicação é provisória com informações do INDEC (Nomenclatura Tarifária Mercosul – NCM)

Distribuição da exportação

A distribuição das exportações em grandes itens de acordo com o valor total em US$ para o período de janeiro a agosto de 2023 foi da seguinte forma:

·        37,9% para leite em pó;

·        29,9% para queijos em suas diferentes massas;

·        19,8% em outros produtos (doce de leite, manteiga, leitelho, soro de leite, etc.);

·        12,4% de produtos confidenciais (lactose, caseína, iogurtes, etc.).

A variação mensal das exportações foi de +2,1% em volume e -3,0% em valor (ago/23 vs. jul/23). A variação anual foi de -17,8% em volume e -27,8% em valor (ago/23 vs. ago/22). Em ambas as comparações é possível visualizar a queda nos volumes e preços.

Variação por categoria

A variação por item de produto de acordo com o volume de janeiro a agosto de 2023 foi da seguinte forma:

·        Leite em pó: -36,8%;

·        Queijos: +0,7%;

·        Outros produtos: -2,1%;

·        Confidencial: +25,4%.

Em litros de leite equivalente, as exportações caíram 24,9% e responderam por 19,5% da produção total.

Preço médio

O preço médio de exportação por tonelada foi de US$ 3.945 para janeiro-agosto de 2023, o que implicou queda de 2,2% em relação ao mesmo período de 2022. No caso específico da categoria Leite em Pó, o preço médio foi de US$ 3.991/tonelada, 3,4% abaixo do ano anterior. Por outro lado, o preço médio alcançado em agosto de 2023, medido em pesos, foi 109,3% superior ao preço médio alcançado em agosto de 2022, tendo como referência no mesmo período o crescimento do IPC, de124,4%; do dólar grossista, de 138,1%; e o preço SIGLeA, de 110,1%.

No último ano, em decorrência dos baixos preços internacionais, especialmente do leite em pó integral e do forte atraso cambial, houve uma mudança importante na estrutura de destinos, principalmente entre Argélia e Brasil. Por um lado, a Tarifa Externa Comum favorece a colocação no Brasil e, por outro, os baixos preços e a maior presença da Nova Zelândia, devido à redução das importações da China, fazem com que as exportações para a Argélia diminuam.

Fonte: Eco365, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint, 02 outubro 2023