Líder em pizzarias, Laticínio Scala quer se fortalecer também no varejo também no varejo
09, novembro, 2023Depois de investir em 2022, R$ 140 milhões em um novo complexo industrial, o Laticínio Scala, de Sacramento, MG, vai se concentrar no aumento da capacidade própria do leite, na gerarão de energia renovável e no fortalecimento de sua atuação no varejo.
A companhia, que tem receita de cerca de R$ 1,5 bilhão, investirá R$ 50 milhões na instalação de uma estação de tratamento de efluentes que vai produzir biometano para geração de energia. A estrutura terá capacidade de 10,8 mil metros cúbicos por dia, ou energia elétrica de 1,5 megawatt (MG).
“Estamos agora iniciando o investimento. Todo o nosso efluente vai ser tratato. Acho que vai ser um diferencial grande em termos de sustentabilidade ambiental”, disse Marcel Cerchi, diretor executivo do Laticínio Scala e filho do fundador da companhia.
O Laticínio Scala também investiu uma quantidaade não informada na produção de leite próprio ao construir um galpão que tem capacidade para alojar 450 animais de leite. Com isso a captação de leite próprio dobrou de 8.000 litros dia para 15 mil litros de leite por dia, com um total de 1.000 animais. Cerchi prevê futuramente a construção de outro galpão que elevará a captação diária de leite próprio para 30 mil litros.
O Laticínio tem hoje capacidade para processar aproximadamente 700 mil litros de leite por dia. A maior parte é adquirida de 580 fazendeiros parceiros situados nas regiiões do Triângulo Mineiro e Alto Parnaíba, regiões próximas à companhia. A Scala tem quatro fábricas, três em Sacramento e uma em Salitre de Minas.
Em 2022 a Scala investiu R$ 140 milhões na instalação de um um novo complexo industrial em Sacramento. A unidade tem câmara de maturação de parmesão, uma fábrica de fundição de requeijão e, além disso, produz queijo ralado e fracionado. Com o investimento, a empresa dobrou a capacidade produtiva desses tipos de queijos.
Além do aporte para aumentar a produção em 2022, a companhia também reestruturou sua área comercial. Segundo Cerchi, foram ampliadas parcerias no Centro Oeste, Sul e Nordeste do país. O Laticínio focava em pizzarias e restaurantes, mas nos últimos anos tem buscado atender mais os consumidores finais por meio de venda nos atacarejos
A Scala atua no mercado com queijos, requeijão, cream cheese e manteiga, além de contar com uma linha de recheios doces. Os produtos são vendidos em 23 estados, mas a marca é mais conhecida pela comercialização de mussarela, especialmente para pizzarias em São Paulo.
De acordo com o diretor executivo, a companhia prepara uma série de lançamentos para a virada do ano, principalmente em fatiados e fracionados. “Nosso foco agora é crescer no varejo, principalmente de médio porte”, disse Cerchi.
A busca por crescimento é ainda mais importante no atual cenário, avalia o empresário. Segundo ele o ano de 2023 tem sido difícil para o setor e a demanda continua reprimida, mas a estratégia comercial permitirá a companhia fechar o período com crescimento de 5% a 7%. Para o ano que vem a expectativa é de um desempeho parecido com o deste ano, um pouco menor, considerando as perspectivas de um crescimento econômico um pouco mais fraco no Brasil em 2024 versus 2023. A razão, segundo observou Cerchi, é que um aumento no consumo depende de um aumento na renda per capita.
O Laticínio Scala foi fundado a 60 anos pelo imigrante italiano Leonildo Luigi Cerchi. A empresa começou como uma pequena fábrica de manteiga e se modernizou ao longo dos anos passando a fabricar queijos. Em 1994 foi criada a divisão de nutrição animal SCL Agro, para atender aos fornecedores de leite para o laticínio mas que também fornece ração para gado de corte, aves, suinos e equinos.
Fonte: Globo Rural.com, 07 de novembro de 2023.