Produtores argentinos fecharam 2022 com baixo preço pelo leite

23, fevereiro, 2023
Produtores argentinos fecharam 2022 com baixo preço pelo leite

Entre outros aspectos que explicam a crise quase permanente em que vive o setor leiteiro argentino, está o baixo preço que os produtores recebem pelo leite cru.

Um estudo elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) mostra isso claramente: as fazendas leiteiras nacionais mais uma vez se posicionaram em 2022 como as que receberam o menor valor do planeta por sua produção, pelo menos em relação aos principais países produtores de leite.

Em dezembro, o valor médio em dólares foi de 39,2 centavos de dólar por litro, ficando atrás do Uruguai, com 41,5 centavos. O pódio dos piores fica completo com a Nova Zelândia (43,5 cêntimos).

Por outro lado, os produtores que mais receberam foram os do Reino Unido (62,7), seguidos dos 27 Estados da União Europeia (60,8) e dos Estados Unidos (54,5).

Pouco crescimento

Paralelamente, o valor pago aos produtores de leite argentinos esteve entre as que menos cresceram ao longo de 2022.

Com 34,3 centavos, um litro de leite cru na Argentina também foi o mais barato da Terra em dezembro de 2021, mas muito próximo de 34,4 na Bielo-Rússia e 34,9 no Uruguai.

O problema é que, na maioria dos países, o preço subiu mais do que na Argentina, onde subiu apenas 14,1%, taxa que só supera os 13,3% nos Estados Unidos e a deflação de 8,3% na Nova Zelândia.

Fonte: MilkPoint com informações são do Infocampo, 17 fev 2023